Veridiana nasceu em 1182, na Itália, e viveu quase toda a vida
enclausurada numa minúscula cela. Pertencente a uma família nobre e
rica, os Attavanti, Veridiana levou uma vida santa. Sua pessoa era tão
querida que durante a vida recebeu a visita de Francisco de Assis.
Veridiana sempre utilizou a fortuna familiar em favor dos pobres. Um
dos prodígios atribuídos a ela mostra bem o tamanho de sua caridade.
Consta que certa vez um dos seus tios, muito rico, deixou a seus
cuidados grande parte de seus bens, que eram as colheitas de suas
terras. Mesmo sendo um período de carestia, o tio nem pensava nos pobres
e vendeu a colheita toda. Mas quando o comprador chegou para retirar a
mercadoria nada havia no celeiro. Veridiana tinha dado tudo aos pobres.
O tio ficou furioso e ordenou a Veridiana que solucionasse o
problema, já que fora a causadora dele. No dia seguinte, na hora
marcada, as despensas estavam novamente cheias. Um sinal da presença de
Deus na vida da jovem italiana.
Veridiana, após uma peregrinação ao túmulo de Tiago em Compostela,
decidiu-se pela vida religiosa e reclusa. Para que não se afastasse da
cidade, seus amigos e parentes construíram então uma pequena cela,
próxima ao Oratório de Santo Antônio, onde ela viveu 34 anos de
penitência e solidão. A cela possuía uma única e mínima janela, por onde
ela assistia a missa e recebia suas raras visitas e refeições, também
minúsculas, suficientes apenas para que não morresse de fome.
Conta-se que sua santa morte, em 01 de Fevereiro de 1242, foi
anunciada pelo repicar dos sinos de Castelfiorentino, sem que ninguém os
tivesse tocado.